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1 - FUNÇÕES
Apesar de atualmente lhes ser atribuído um papel basicamente
estético, já que têm sido, desde a Antiguidade, muito cuidadas e enfeitadas, as
unhas desempenham um papel essencial enquanto elementos funcionais da nossa vida
quotidiana.
Além de protegerem as pontas dos dedos de todo o tipo de
golpes e agressões, as unhas servem para esfregar e arranhar, como meio
instintivo de defesa perante uma situação de perigo e para apertar, separar,
dobrar e muitas outras ações que necessitem de alguma precisão.
De fato,
embora as funções das unhas sejam muito importantes, costumam passar
despercebidas, já que apenas quando, por algum motivo, as perdemos, é que
ficamos a saber toda a sua importância, já que os dedos, sem as unhas, perdem
grande parte da sua funcionalidade.
A função principal da unha é de
proteção das extremidades muito susceptível aos traumas.
Por outro lado,
as unhas participam, igualmente, no sentido do tato, constituindo uma espécie de
amplificadores sensoriais, pois aumentam as percepções desse tipo na ponta dos
dedos, já que o mínimo contato sobre a superfície do corpo da unha ou na sua
extremidade livre proporciona a perfeita percepção do estímulo.
O
crescimento das unhas é de aproximadamente de 1mm ao mês e para ser substituída
inteiramente leva aproximadamente 1 ano.
2 - ESTRUTURA E FORMAÇÂO
DA UNHA:
As unhas têm uma estrutura muito semelhante à dos
pêlos, pois são essencialmente constituídas por queratina, a proteína fibrosa
elaborada pelas células cutâneas, embora também sejam compostas por
mucopolissacarídeos e determinados minerais.
Ao longo da face dorsal da
falange distal de cada dedo, a epiderme dobra-se sobre si própria, penetrando na
derme, através de uma zona, denominada sulco ungueal, onde as duas camadas da
epiderme se encontram face a face, uma virada para cima, denominada eponíquio, e
outra para baixo, o hiponíquio ou leito ungueal, de modo a proporcionarem a
formação da unha.
A partir do exterior, não é possível observar toda a
extensão do leito ungueal, já que existe uma parte, precisamente a que fabrica a
unha, denominada matriz ungueal, que fica oculta por detrás do sulco
ungueal.
Embora a epiderme pertencente ao eponíquio se desenvolva
normalmente e forme todas as camadas que lhe são próprias, a epiderme do leito
ungueal, não costuma formar uma camada córnea normal, já que as suas células
elaboram uma queratina muito mais dura que, posteriormente, sai do sulco ungueal
e desliza sobre o leito ungueal, de modo a constituir a lâmina resistente que
corresponde à unha propriamente dita.
A unha é constituída por várias
partes.
A porção da unha que não é observável a olho nu, por se encontrar
oculta pela dobra da epiderme, denomina-se raiz ungueal.
A porção visível
denomina-se corpo ou lâmina ungueal, sendo da sua extremidade livre que
sobressai da ponta do dedo.
A zona do corpo da unha próxima à raiz
apresenta um setor, denominado lúnula, especialmente visível no dedo polegar e
no primeiro dedo do pé, com a forma de meia-lua e com uma cor mais clara,
correspondente a uma parte da matriz ungueal, sendo igualmente a parte onde a
lâmina tem uma maior espessura e não deixa transluzir a cor rosada da derme
subjacente.
Em condições normais, o resto da unha é translúcido, deixando
transparecer a cor do tecido subjacente, que lhe proporciona a cor rosada, já
que apenas a lúnula e a extremidade livre que sobressai da ponta do dedo são
brancas.
Quando se pressiona a unha, constata-se que esta fica mais
clara, devido ao fato de a pressão dificultar a irrigação da derme, mas ao
libertar-se imediatamente a pressão, a unha volta a ganhar a sua cor, sendo esta
uma das técnicas utilizadas para avaliar o funcionamento da circulação.
Relativamente às dobras existentes nas extremidades da unha, à exceção
da extremidade livre, é possível distinguir as dobras ou valas laterais e a
cutícula, que reveste parte da lúnula.
3- O QUE CAUSA AS
ALTERAÇOES DAS UNHAS?
3.1
congênitas,
3.2 corte
incorreto,
3.3 uso de calçado de forma estreita
4-CORTE CORRETO DA UNHA
O corte da unha deve ser feito respeitando a anatomia da mesma, deixando
sempre uma margem de segurança de 2 mm de parte solta da unha, para
evitar o despregamento da lâmina da unha do leito ungueal.
Evitar cortar as laterais, para evitar que se encrave pelo próprio erro
do corte ou crescimento desordenado de pele que invade o espaço que
antes era da unha.
Em 95% das pessoas que sofrem com unha encravada, foi detectado que
o corte da unha estava incorreto.
Na maioria das vezes, a correção do corte, já corrige também o processo
de encravamento.
Assim como o uso de sapatos adequados, isto é, evitar o bico fino e
de salto muito alto.
Procure sempre um podólogo pra fazer o corte correto da unha.